Prólogo
Tento
abrir os meus olhos, porém eles não obedecem ao meu comando. Sinto o meu corpo
pesado e sem vontade de se erguer e todas as minhas funções motoras estavam completamente
anuladas, no entanto alguns sentidos ainda estavam funcionando e com eles notei
que não estava em minha cama e muito menos em um local fechado, pois sentir uma
leve brisa passar pelo meu corpo e trazendo um leve aroma de hortelã consigo e por
debaixo do meu corpo sentir uma grama rasteira que causou uma sensação de
coceira.
Alguns
minutos se passaram e o meu corpo começou dar noticias que corresponderia a
pequenos atos para se movimentar, porém não estavam se movimentando da forma
que gostaria. Com a minha vista quase recuperada pude perceber que estava
arrodeado por belas árvores, todavia não tinha certeza qual era tamanho real
delas mais chutei por volta de uns 5 metros ou mais. Devido ao tamanho não pude
notar se ela possuía ou não frutos.
Com
a minha vista recuperada comecei analisar o formato da arvore e percebi que os
seus trocos eram mais grossos que o normal, e com uma pequena dedução compreendi
que aquele ambiente não tinha sofrido alterações do homem por um longo período.
O meu corpo começou a gela e a minha mente a ficar turva quando percebi que sem
nenhuma ação do homem naquela região me levaria a outra dedução que seria que não
teria comunidade por perto. Como se tudo não pudesse piorar minha pequena
situação o tempo que passei sem poder me mexer pequenos insetos passaram pelo
meu corpo imóvel sua aparência era totalmente diferente do que tinha visto
antes na minha vida. Agora veio a grande pergunta: que parte do mundo eu estou?
E como me tiraram da minha casa sem ninguém me ver?
Comecei
a tentar retirar esses seres de dentro da minha roupa e senti alguns picando o
meu corpo enquanto obtinha sucesso na retirada deles. Depois de muita luta
consegui retirar todos do meu corpo ou pelo menos acreditava que tive sucesso
nessa façanha. Agora virei a minha mente e coração para analisar sobre o meu
atual problema. Olhei atentamente ao me redor tentou reconhecer ou perceber
algo que fosse semelhante alguma coisa que já tivesse visto na minha vida.
Porém não obtive sucesso algum com essa analise. A única coisa que pude dizer
que estava preso numa floresta ou bosque, todavia não sabia de qual região do
mundo. Olhando de longe não dava para perceber sua verdadeira forma então tentei
aproximei-me de uma das árvores para ver de perto como era a sua forma e
estrutura, o que não foi uma boa ideia. Ao olhar tão próximo percebi que a madeira
era um marrom escuro seu tronco tinha pequenas formas enrugadas que se
transformavam em pequenos espinhos, com base nessa observação tive certeza que não
conhecia nenhuma espécie de planta como aquela na minha vida de estudante e
para piorar minha analise deveria tomar cuidado para não ocasionar um pequeno deslize
e acabar me cortando, pois não sabia se aqueles espinhos eram venenosos ou não.
Com
todas essas analises e deduções que vinham a minha mente percebi o que estava
acontecendo comigo não era uma brincadeira de mau gosto, e a cada minuto que
começou a se passar o medo aumentava, o que era angustiante não saber onde eu
estava. Porém não podia me entregar a esse medo louco que estava me consumindo
aos poucos. Necessitava esfriar a cabeça e tentar encontrar as quatro direções
que formam o mundo.
Centralizei-me
no meio onde acreditei que fosse o Norte, Sul, Leste e Oeste tentei olhar para o
céu, porém às folhas e galhos bloqueavam a minha visão. Mesmo se consegui enxergar
deveria fazer uma escolha, pois a cada instante que se passava o dia se esvaia.
Agora veio o grande dilema qual deles eu
devo escolher o Norte? Sul? Leste? Ou Oeste? E cada instante que demorava a
tomar essa decisão percebia que iluminação do sol desaparecia.
No
meio desse grande problema escuto o som de um uivo, tão poderoso que chegou a gelar
ate os meus ossos. Já não possuía mais o tempo que pensava, e para tentar sobreviver
mais um dia teria que escolher uma direção independente de qual fosse, pois já que
não conhecia a redondezas e não tinha tempo para fazer o reconhecimento com
esse ser que já tinha sentido o meu cheiro e já estava a caminho do local onde
eu me encontrava. De repente bateu um vento forte que trouxe consigo um cheiro
de sangue no ar foi quando finalmente percebi o quanto estava enrascado.
Minha
mente já não conseguia mais processar uma ideia racional e a única coisa que me
veio foi segui o Norte e torce que tudo desse certo e tenta o máximo possível
não bater em nenhuma arvore para não me ferir.
Começo a dar os primeiros passos e percebo que
a direção que tomei tem um pequeno desnível e pequenas falhas, e a mente
retomar que eu escolhi o caminho errado. E agora não tinha mais volta o som do
uivo se encontrava cada vez mais próximo de mim.
Enquanto
fugia desesperadamente notei que folhas do chão tinham formatos variados e sua
coloração era variada entre um verde vivo e marrom opaco. Passou na minha cabeça
que talvez estivesse perto da mudança de estações, porém isso não era
importante o suficiente para o minha situação atual.
A
cada passo que dava mais fundo os meus pés chegava entre as folhas e chão foi
quando percebi que o caminho que tomei era escorregadio. Foi quando a minha
mente concluiu que eu tinha tomando um dos piores caminhos para fugir dessa
criatura.
Não
estava mais escutando o uivo da criatura ... e para minha surpresa ela já tinha
me alcançado suas patas bateram em uma das arvores na qual ela usou como apoio
e cai bem na minha frente nesse momento percebi que tudo estava perdido. A
forma ela possuía era uma das mais estranhas que vi em toda a minha vida. Um
ser quadrupede em uma forma de lobo com mais de 2 metros de altura o seu corpo
tinha um pelo afiado como de um porco espinho, seu rabo era divido em quatros
partes e suas pontas eram em forma pontiaguda. Seus olhos eram um amarelo e
suas garras tinham a forma de um gancho e cor negra. O pelo um marrom que o
fazia camuflar no ambiente que ele habitava.
Lançou
uma das pontas do seu rabo em minha direção por sorte conseguir desviar, porém
ao lançar a segunda não conseguir obter o mesmo resultado e acabei sendo atingido
no peito direito aonde perfurou de um lado
a outro como uma lança afiada que perfurar o seu inimigo com precisão, ele
puxou rapidamente e senti o meu sangue esvai pelo meu corpo.
Comecei
a perder a consciência com a perda de sangue foi nesse momento que vi seres com
roupas blindadas cair do céu e atirarem na criatura, no entanto não conseguir
ver direito, pois minha visão estava distorcida devido à grande perda de sangue
que tive perdi a consciência por completo.
“
Todos dizem que nós só podemos pertencer a luz ou as trevas, porém ninguém sabe
quando realmente podemos fazer essa escolha, e se essa escolha é permanente nas
nossas vidas. No caminho da vida descobrir que nenhum mal trás só desgraça e nem um bem só trás coisa boa, pois onde existi
o mal também existi o bem e vice-versa.”
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